Central de vendas:

+55 11 98969-1366

• Blog Eduqhub •

Trocando Ideias

Fígura avião divertida Eduqhub
Fígura divertida de uma letra em uma nuvem Eduqhub
Fígura divertida de uma nuvem Eduqhub
Fígura divertida de uma nuvem Eduqhub

Demência Digital: A Tecnologia está destruindo nossa inteligência?

Reflexão sobre o livro "Demência Digital" O livro Demência Digital, escrito por Manfred Spitzer, faz uma crítica contundente ao impacto da tecnologia e da digitalização nas nossas vidas, em especial na forma como estamos utilizando os dispositivos digitais para interagir com o mundo. Spitzer, neurocientista renomado, utiliza sua vasta experiência na área para argumentar que, ao nos tornarmos cada vez mais dependentes de dispositivos eletrônicos, como celulares, tablets e computadores, estamos não só mudando a forma como vivemos, mas também prejudicando nossas capacidades cognitivas e sociais.

Marília TeófiloMarília Teófilo •
Leitura: 13 min
Demência Digital: A Tecnologia está destruindo nossa inteligência?

Reflexão sobre o livro "Demência Digital"

O livro Demência Digital, escrito por Manfred Spitzer, faz uma crítica contundente ao impacto da tecnologia e da digitalização nas nossas vidas, em especial na forma como estamos utilizando os dispositivos digitais para interagir com o mundo. Spitzer, neurocientista renomado, utiliza sua vasta experiência na área para argumentar que, ao nos tornarmos cada vez mais dependentes de dispositivos eletrônicos, como celulares, tablets e computadores, estamos não só mudando a forma como vivemos, mas também prejudicando nossas capacidades cognitivas e sociais.

O que o livro aborda

A obra traz uma reflexão profunda sobre os efeitos negativos do uso excessivo de tecnologias digitais na infância e na vida adulta, e como esse uso pode comprometer a atenção, a memória, a capacidade de concentração e até mesmo o desenvolvimento emocional das crianças e jovens.

Spitzer discute como o uso de smartphones e redes sociais está associado ao aumento da ansiedade, depressão e outros problemas psicológicos, especialmente entre os jovens. Ele também critica o modelo educacional atual, que, segundo ele, está cada vez mais voltado para o consumo passivo de informação, em vez de promover o desenvolvimento de habilidades cognitivas e emocionais.

Essa crítica levanta uma questão fundamental: o problema não está na tecnologia em si, mas na forma como ela é utilizada. Nos países mais desenvolvidos, a tecnologia é integrada ao ensino de maneira estratégica, incentivando a pesquisa aprofundada, o pensamento crítico e a criação de projetos inovadores. Enquanto isso, no Brasil, muitas escolas ainda resistem à transformação digital ou, pior, adotam medidas que simplesmente excluem o uso da tecnologia, em vez de reformular o modelo educacional para ensinar os alunos a usá-la de maneira produtiva.

A solução não é banir a tecnologia das escolas, mas sim capacitar professores e alunos para usá-la como um recurso que potencializa o aprendizado. Precisamos ensinar as crianças e adolescentes a diferenciar informações confiáveis de fake news, a realizar pesquisas aprofundadas e a desenvolver projetos criativos usando ferramentas digitais. O caminho não é a proibição, mas a educação para o uso consciente e estratégico da tecnologia.

 

Principais pontos do livro:

A superficialidade do aprendizado digital

Spitzer argumenta que a tecnologia tem criado uma falsa sensação de aprendizado rápido e fácil, mas que, na verdade, os conhecimentos adquiridos dessa forma são rasos e de curta duração. Isso é especialmente preocupante na era das redes sociais, onde o consumo de informação se dá em pequenos fragmentos — vídeos curtos, textos reduzidos a legendas e manchetes, sem um aprofundamento real.

Infelizmente, essa superficialidade se tornou um padrão para a nova geração, que muitas vezes se contenta com resumos rápidos e perde a oportunidade de desenvolver um conhecimento mais estruturado e crítico. No entanto, em vez de apenas criticar essa tendência, podemos transformá-la em uma aliada da educação.

O conceito de microlearning (ou microaprendizado) pode ser uma resposta eficaz. Se os jovens estão acostumados a consumir conteúdos curtos, por que não usar isso a favor do aprendizado? As famílias e escolas podem despertar a curiosidade dos alunos através de pequenos desafios, perguntas instigantes e conteúdos educativos em formatos dinâmicos. Em vez de apenas lamentar a mudança na forma como a informação é consumida, podemos utilizá-la estrategicamente para incentivar o pensamento crítico e aprofundamento gradual.

A chave não está em negar a tecnologia, mas sim em adaptá-la para que o aprendizado seja contínuo, significativo e relevante para essa nova geração.

 

A Sobrecarga de informações

Spitzer explica como a internet e as redes sociais criam um fluxo contínuo de informações, o que sobrecarrega a mente e reduz nossa capacidade de retenção de conteúdo de forma mais profunda e significativa. O excesso de notificações, a necessidade de estar sempre atualizado e a avalanche de conteúdos tornam difícil focar no que realmente importa.

De fato, hoje vivemos em um cenário de hiperinformação, onde nunca tivemos tanto acesso ao conhecimento, mas, paradoxalmente, nunca estivemos tão perdidos em meio a ele. Isso reforça ainda mais a importância de desenvolver habilidades essenciais, como a tomada de decisão, o pensamento crítico e a curadoria de informação. Saber o que consumir, como consumir e para quê é um diferencial que precisa ser trabalhado desde cedo.

E aqui está o ponto-chave: não adianta fugir da tecnologia, pois ela já faz parte do nosso mundo. O que precisamos é aprender a navegar com inteligência nesse oceano de informações. Precisamos ensinar nossas crianças e jovens a usar a tecnologia com propósito, seja para o entretenimento, para a educação ou para o desenvolvimento profissional.

A metáfora perfeita para esse momento é: não adianta ficar na beira do mar com medo da correnteza. Precisamos aprender a nadar e ir mar adentro, com estratégia e preparo. Isso significa usar ferramentas que ajudem na filtragem de conteúdo, criar hábitos saudáveis de consumo digital e, acima de tudo, promover um equilíbrio entre o mundo online e offline.

O desafio não é evitar a informação, mas transformá-la em conhecimento útil e significativo.

 

O Impacto no cérebro

Spitzer, com base em pesquisas neurocientíficas, detalha como o uso excessivo da tecnologia está provocando alterações no cérebro humano, afetando habilidades cognitivas, emocionais e até a qualidade do sono. Isso levanta um alerta importante: estamos adaptando a tecnologia ao nosso dia a dia, mas será que estamos permitindo que nosso cérebro acompanhe essa mudança de forma saudável?

O ponto-chave aqui é que o cérebro humano é uma máquina incrível e perfeitamente adaptável. Ele tem uma capacidade extraordinária de se modificar, aprender e evoluir – um fenômeno conhecido como neuroplasticidade. Isso significa que ele se ajusta ao ambiente em que está inserido, para o bem ou para o mal.

Ou seja, o problema não é a tecnologia em si, mas como a utilizamos. Excesso de telas, falta de descanso e estímulos constantes podem, sim, comprometer funções essenciais, como a atenção, a memória e o controle emocional. Mas, por outro lado, a tecnologia pode ser uma grande aliada do aprendizado, da criatividade e da comunicação, desde que seja usada com equilíbrio.

O grande desafio da nossa era não é rejeitar a tecnologia, mas encontrar o ponto de equilíbrio. Assim como precisamos de uma alimentação saudável e de exercícios físicos para manter o corpo em harmonia, também precisamos criar hábitos digitais que respeitem o funcionamento natural do nosso cérebro.

Isso significa:
✅ Usar a tecnologia como ferramenta, e não como um fim em si mesma.
✅ Respeitar os momentos de descanso, pois o cérebro precisa de pausas para consolidar informações e recuperar energia.
✅ Promover atividades offline, que estimulem conexões reais e habilidades essenciais, como pensamento crítico e criatividade.

O segredo está no uso consciente e equilibrado da tecnologia. Afinal, o cérebro humano sempre se adaptou às mudanças ao longo da história – e agora não será diferente. O que precisamos é direcioná-lo para que essa adaptação seja positiva e saudável.

A Relação com a educação: Tecnologia como aliada ou vilã?

Spitzer critica o uso da tecnologia no ensino, argumentando que, quando mal aplicada, ela pode prejudicar o aprendizado, dificultando o desenvolvimento de habilidades essenciais como concentração e pensamento crítico. De fato, muitas escolas apenas substituem materiais físicos por telas, sem repensar a metodologia, tornando a experiência menos eficiente. Mas será que o problema está na tecnologia ou na forma como a utilizamos?

Mais uma vez, vejo que a tecnologia está sendo tratada como vilã, quando na verdade ela é um meio, uma ferramenta – e pode ser uma poderosa aliada. Não podemos ignorar que a transformação digital já aconteceu. O mundo evoluiu e não faz sentido tentar barrar o uso da tecnologia na educação. O que precisamos é cuidar dos ajustes, para garantir que essa integração seja feita de maneira eficiente e inclusiva.

A tecnologia não é o problema, mas sim como a aplicamos. E, se usada da forma correta, pode ser a única forma de acesso ao conhecimento para muitas pessoas. Pense em crianças com deficiência visual que usam leitores de tela, alunos com dislexia que se beneficiam de áudios interativos, ou estudantes que aprendem melhor por meio de recursos multimídia. Para eles, a tecnologia não é um obstáculo, mas uma ponte para o aprendizado, escrevo isso com propriedade, pois sou mãe atípica.

O que precisamos, então, é garantir que o uso da tecnologia favoreça a aprendizagem ativa, em vez de tornar os alunos consumidores passivos de conteúdo. O problema não está nas telas, mas em um modelo educacional que ainda não conseguiu se reinventar completamente.

Portanto, em vez de demonizar a tecnologia, deveríamos perguntar:
Como podemos usá-la para estimular o pensamento crítico e não apenas o consumo de informação?
Como integrar recursos digitais de maneira personalizada, considerando os diferentes estilos de aprendizagem?

Como garantir que a escola ensine os alunos a usarem a tecnologia de forma produtiva e reflexiva, em vez de apenas expô-los a telas sem propósito?

A solução não está em remover a tecnologia das escolas, mas em aprender a usá-la com inteligência e propósito. O futuro da educação depende disso.

 

O impacto na vida social e psicológica: conexão ou isolamento?

Spitzer levanta um ponto importante sobre como a tecnologia pode afetar as relações interpessoais, levando ao isolamento social e a interações superficiais. De fato, vemos cada vez mais pessoas fisicamente presentes, mas emocionalmente ausentes, presas às telas enquanto ignoram quem está ao lado. A conexão virtual não substitui o contato humano real, que é essencial para o desenvolvimento emocional e social.

Mas, por outro lado, não podemos ignorar que a tecnologia também tem um lado positivo. Ela aproxima pessoas separadas por quilômetros e permite uma comunicação mais acessível e instantânea. Quantas famílias hoje mantêm vínculos graças às chamadas de vídeo? Quantas amizades se fortalecem mesmo à distância? Quantas oportunidades profissionais e acadêmicas surgem por meio do mundo digital?

Portanto, toda história tem dois lados. O problema não é a tecnologia em si, mas como a usamos. Se ela começa a substituir todas as interações presenciais, algo está errado. Mas se for usada de forma equilibrada, pode ser um recurso incrível para potencializar conexões, facilitar o aprendizado e até fortalecer laços familiares.

O caminho ideal não é demonizar a tecnologia, mas sim educar para o uso consciente. Precisamos dar clareza sobre os riscos e benefícios, ajudando crianças e adolescentes a entenderem quando a tecnologia é positiva e quando é necessário desconectar.

Reflexão:
Estamos usando a tecnologia para nos aproximar ou nos afastar das pessoas ao nosso redor?

Estamos ensinando nossos filhos a terem momentos de desconexão e a valorizarem as interações presenciais?

 

Como podemos equilibrar os benefícios da tecnologia sem cair nos riscos do isolamento social?

A tecnologia é ferramenta, não necessidade constante. Quando for útil, devemos usá-la. Quando não for, tudo bem deixá-la de lado. O segredo está no equilíbrio.

Conclusão

"Demência Digital" é um livro provocador que nos leva a refletir profundamente sobre a relação que estamos construindo com a tecnologia e como isso está afetando nosso cérebro, nossa saúde mental e, principalmente, a educação das próximas gerações. Spitzer nos alerta para a importância de repensarmos o papel da tecnologia em nossas vidas, buscando um equilíbrio saudável entre o mundo digital e o mundo real.

Como educadora, pedagoga, neuropsicopedagoga e especialista em educação especial e inclusiva, transtorno do espectro autista e inclusão social e escolar, com mais de 20 anos de experiência em tecnologia e mãe de cinco filhos, vejo essa discussão de forma ainda mais ampla. Sempre, em qualquer século, haverá algo que tentará nos afastar do que é essencial na vida. A questão não é apenas a tecnologia, mas como aprendemos a usá-la a nosso favor.

O caminho não é proibir ou demonizar as inovações, mas ensinar a nova geração a extrair o melhor e se proteger do pior. A inteligência artificial já está aqui e novas tecnologias surgirão rapidamente. Não há volta. O que podemos – e devemos – fazer é preparar nossas crianças e jovens para um mundo onde saber usar a tecnologia com propósito será uma habilidade fundamental.

Obrigada, tecnologia! Acabo de escrever este artigo no meu notebook, no conforto da minha casa, pertinho dos meus filhos. E sabe o que mais? Usei o ChatGPT para me ajudar a corrigir e refletir sobre alguns temas. Isso é usar a tecnologia ao meu favor: aumentar minha produtividade, otimizar meu tempo e garantir que eu tenha mais momentos de qualidade com minha família.

E antes de finalizar, quero deixar uma última reflexão: você já parou para pensar ou já ouviu histórias de pessoas que não tiveram acesso a uma educação de qualidade, mas, por meio de videoaulas no YouTube, conseguiram passar no vestibular de medicina? Eu já! E isso é simplesmente incrível. Hoje, você pode aprender sobre qualquer assunto na internet. Isso é inclusão social, educacional… isso é PODER. 🚀✨

A tecnologia não precisa ser inimiga – quando bem utilizada, ela se torna uma aliada poderosa. Que possamos aprender a usá-la com sabedoria! 🚀✨

E você, como tem lidado com a tecnologia no seu dia a dia? Deixe seu comentário e compartilhe essa reflexão!

 

 

Marilia Teofilo

CEO e fundadora da Eduqhub

marilia@eduqhub.com

Pedagoga, Pós-graduada em Neuropsicopedagogia.

Especialista em Educação Especial e Inclusiva e Transtorno do Espectro Autista e Inclusão social e escolar.

Dedica-se à pesquisa sobre o impacto da tecnologia no apoio a crianças com transtornos do neurodesenvolvimento. Com uma trajetória que une educação e inovação, seu foco é transformar a aprendizagem em um processo mais inclusivo, acessível e eficaz.

Marília Teófilo
sobre o autor:

Marília Teófilo | CEO da Eduqhub

Marilia Teofilo CEO e fundadora da Eduqhub marilia@eduqhub.com Pedagoga, Pós-graduada em Neuropsicopedagogia. Especialista em Educação Especial e Inclusiva e Transtorno do Espectro Autista e Inclusão social e escolar. Dedica-se à pesquisa sobre o impacto da tecnologia no apoio a crianças com transtornos do neurodesenvolvimento. Com uma trajetória que une educação e inovação, seu foco é transformar a aprendizagem em um processo mais inclusivo, acessível e eficaz.

Compatilhar

Quer acompanhar nosso incrível Blog?

Assine nossa Newsletter!

Fígura divertida de uma equipe ou família comemorando Eduqhub
EduqhubGeralmente responde em alguns minutos
Eduqhub

Olá! 👋🏼 Como podemos ajudar você hoje?

14:11